terça-feira, 15 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Pastor e o Farol

Havia uma pequena cidade do lado oeste dos Estados Unidos, às margens do Oceano Pacífico, próspera e progressiva. Não era grande, mas tinha ruas largas e limpas, parques arborizados e os bairros cresciam rapidamente.
A areia branca da praia era como um colar entre os verdes dos morros e o azul do mar. E era ali, no mar, que estava a riqueza do povoado: a pesca.
Cada noite, os barcos varriam as águas com suas redes, trazendo uma quantidade de peixes tão grande que muitas fábricas se instalaram por lá para industrializar e exportar o pescado.
Na entrada da baía, havia um farol antigo que por anos prestava o valioso serviço de guiar os pescadores nas noites escuras de tempestade, iluminando-lhes o caminho no mar.
Nesta cidade, havia também uma igreja, que era a única. O pastor lutava com todas as forças para conscientizar as pessoas do Evangelho e do Juízo de Deus. Poucos lhe davam atenção e menos ainda freqüentavam suas reuniões. Mas o homem não desanimava.
Levantava cedo e passava um bom tempo orando sobre o altar, visitava os doentes, atendia aos que lhe procuravam e ainda se incumbia de acender o farol todos os dias pontualmente às cinco da tarde.
A cidade crescia e os negócios aumentavam. Os barcos eram mais modernos e traziam cada vez mais peixes. O mar era mesmo abundante. Quanto mais barcos viam, mais peixes apareciam nas águas. Ninguém voltava de rede vazia. Noite clara ou escura, ao se puxar a rede, lá estava o valioso tesouro que movia a vida da cidade.
Numa radiante manhã de sábado, o pastor, já com certa idade, morreu. Com exceção dos membros da igreja, ninguém percebeu o fato. Sem chamar qualquer atenção para si mesmo, o laborioso soldado do Evangelho partia da mesma forma que havia vivido.
Sentindo aquela perda, os membros da igreja mandaram uma carta ao prefeito, pedindo-lhe que providenciasse outro pastor. Porém, nenhuma resposta lhes foi dada.
O prefeito era mesmo muito ocupado. Um grande mercado de pesca estava sendo construído para atender os compradores de toda parte. Eram, na maioria, representantes das grandes fábricas da América que vinham fechar lucrativos negócios. Havia também planos para uma nova escola e ampliação do hospital. Com tantos projetos importantes, era mesmo difícil conseguir a atenção daquele homem.
Quando tudo parecia ir bem, a pesca passou a ser escassa. As redes, que outrora vinham cheias, passaram a vir vazias. Em princípio não se deu importância ao fato, afinal os estoques estavam cheios. Mas, com o passar do tempo, o problema se agravou. Os barcos eram lançados ao mar, varrendo cada centímetro das águas, porém, sem obterem sucesso.
O mercado ficou vazio. As fábricas fecharam e os funcionários foram demitidos. A construção da escola foi adiada, bem como a reforma do hospital. Muitos especialistas foram consultados, mas em vão. Ninguém sabia, mas o fato era que o peixe já não vinha na rede.
Desesperados, os pescadores continuavam sua luta. Na esperança de uma mudança, saíam todas as noites para a pesca, e foi numa dessas noites que uma tempestade rapidamente se formou sem que eles notassem. Logo o mar estava revolto e o céu, coberto de nuvens, não trazia nenhuma luz. Sem visão para navegar, um dos barcos, surrado pelas ondas, foi atirado violentamente contra o farol, que, desde a morte do pastor, nunca mais fora aceso.
Na manhã seguinte, o prefeito estava desolado em seu gabinete. Ele havia tentado de tudo o que estava ao seu alcance, sem sucesso. Pensativo e cabisbaixo, avistou sobre a mesa a carta dos membros da igreja, a qual dizia:
“Senhor Prefeito, nós, os membros da única igreja da comunidade, informamos a Vossa Excelência o falecimento de nosso pastor. Em seu ministério, ele orava todos os dias pela nossa cidade e pedia a Deus que nunca faltasse peixe no mar.
Preocupado com os pescadores, também acendia todas as tardes o farol para guiá-los nas noites escuras. Nunca esmoreceu. Se não tivermos outro homem de Deus que abençoe a pesca e acenda o farol, os peixes vão escassear e, numa noite escura, nossos barcos correrão o risco de naufragar, lançados pelas ondas contra algum rochedo no mar.”
O prefeito encontrou assim a resposta que buscava. Os fatos agora eram claros e óbvios à sua frente. “Mas como nunca me dei conta deste homem e de seu trabalho?”, indagou o prefeito a si mesmo.
A partir daí, ele entendeu que o pastor era como o farol, que não lança a luz sobre si mesmo, mas sim sobre as ondas do mar para iluminar o caminho dos homens. Aquele trabalho anônimo era mesmo de extraordinário valor.
Assim deve ser o pastor, um farol aceso por Deus. Não ilumina a si mesmo em busca da glória do mundo, mas lança sua luz para mostrar aos homens o caminho de Deus. No seu clamor, bênçãos são alcançadas e problemas evitados.
Muitas vezes só nos conscientizamos disto quando os perdemos e nos defrontamos com os problemas. Aí, só nos resta aprender a lição da importância do clamor de um homem de Deus. Não é isso que diz a Palavra do Senhor?
“Busquei entre eles um homem que levantasse um muro, e se pusesse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que Eu não a destruísse, mas a ninguém achei.” (Ezequiel 22.30)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mão Forte!

Quanto maior a conquista, mais renhida é a luta e maior o sacrifício.
Quanto maior o sonho, mais exigente é o sacrifício para sua realização.
Esse ensino vem do Alto.
A libertação dos hebreus do Egito era um sonho quase impossível. Os filhos de Israel eram a grande fonte de riqueza e opulência egípcia. Riqueza à custa de sua escravidão.
Deixá-los livres significava perda irreparável.
Egito é o mundo, Faraó é o diabo, os filhos de Israel são os povos escravizados, o Monte Sinai simboliza o Monte Calvário e Moisés é o enviado do Altíssimo.
Quando o Senhor enviou Moisés, avisou:
“Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte.”
Êxodo 3.19
Como libertar os escravos do diabo sem o uso obrigatório de Mão Forte? Isto é, sem luta, sem guerra, sem sacrifício ou sem a violência da fé?
É possível usar a fé sem violentar os costumes religiosos?
É possível usar a fé sem violentar a vontade da carne?
A fé sobrenatural, por si só, já se opõe à natureza.
Jesus cuspiu no chão, fez lodo, untou as vistas do cego e nem por isso o rapaz ficou curado. Mas, ao obedecer a Sua ordem, mesmo com enorme dificuldade, ficou curado.
Quem o curou: Jesus? Sua saliva? O lodo? As águas do tanque de Siloé?
Ele foi curado pela obediência à Palavra de Jesus. Ou seja, pela própria fé.
Mas o Senhor teve de usar de Mão Forte para despertar sua fé.
Jesus não poderia pedir alguém para pegar água de Siloé e lavar-lhe os olhos? Não seria mais fácil, mais simples e até mais humano evitar que o rapaz tivesse de caminhar até ao fundo do Vale para ser curado?
“Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e os violentos se apoderam dele.” Mateus 11.12 (NKJV)
A pura fé violenta os princípios naturais humanos. Quem a entenderá?
Contudo, quem não sabe que sem o sacrifício da fé natural não se conquista nada neste mundo?
Da mesma forma, os benefícios do Mundo Sobrenatural exige a violência da fé sobrenatural.
Quem crê, vai; quem não crê, fica.

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